Shep Gordon é uma lenda no universo do showbiz. Começou a
agenciar artistas por acaso, num ambiente de drogas, sexo e improvisações.
Acreditando na versão encenada por Mike Myers em Supermensch, bem pode
estar agradecido a Jimi Hendrix por "ter tido a vida que ainda tem". Nasceu em
1945 no seio de uma família judaica convencional. Estudou sociologia,
envolveu-se nos movimentos de luta pelos direitos cívicos durante a década de
1960 e acabou a agenciar Alice Cooper, numa relação de décadas que supera tudo
o que possamos imaginar ser possível num mundo de artes & negócios. Na lista
dos artistas que representou encontramos nomes difíceis de conjugar, de Groucho
Marx aos Gipsy Kings, dos Blondie aos Pink Floyd. Quando se reformou, manteve
apenas uma indelével relação de trabalho com Alice Cooper. Passou pelo cinema,
inovou ao agenciar chefs de cozinha, teve uma vida repleta de aventuras das quais
a maior é poder sair disto tudo debaixo de um coro de elogios. Supermensch: The Legend of Shep Gordon (2013), realizado e produzido por Mike Myers, conta a história com uma agilidade impressionante. Divertido e emocionante, é um
documentário que nos deixa a pensar nas partidas pregadas pela vida. A questão
que nos coloca: como é que uma vida tão cheia pode, apesar de tudo, deixar
no ar uma terrível sensação de vazio? Não há resposta que dispense uma visita a
este documento imperdível.
P.S.: e já agora, assista-se igualmente a esta pérola: aqui.
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