Razões várias afastaram-me da rede por uns dias. Logo
agora, que tanta e tão estimulante matéria andava pelo ar a pedir comentário.
1. O meu Sporting disse definitivamente adeus ao
campeonato. Ainda não será desta. Não me preocupa, é só mais um campeonato
perdido. O que me preocupa verdadeiramente é a previsibilidade do resultado
antes do jogo em Braga. Alguém acreditava que o Sporting ia ganhar aquele jogo?
2. Feliciano Barreiras Duarte deixou de ser assunto. Já
ninguém parece ter paciência para estes cagões, saloios que se passeiam de
peito cheio pela aldeia e apenas são esfuracados pelo bico da verdade quando se
aproximam da capital. Continuem pela aldeia com seus pergaminhos de pechisbeque,
ninguém os incomodará.
3. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em
Gaza. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em
Gaza. Violência em Gaza… Quantas mais vezes teremos de ouvir isto?
4. Quando cheguei a Lisboa, em 1992, a noite já não era o
que foi nos 80. O Frágil lá estava, entrei algumas vezes, mas saí quase sempre
sem perceber a piada. Preferia as Primas, ali ao lado, onde a troco de uma
moeda de 50$(?) podia ouvir China Girl, comer tremoços, beber minis. E ler
Pascal.
5. Temer diz-se perseguido por forças obscuras na justiça
brasileira. Tenham medo, tenham muito medo.
6. Foi aberta a guerra de embaixadores com a Rússia. A
Cambridge Analytica e o Facebook resolverão o problema.
7. A estação espacial Tiangong-1 vem por aí abaixo, em
queda livre, prevendo-se que entre na atmosfera este Domingo. Algures, alguém
verá Deus. Outros dirão que devia cair em cima de quem a pôs lá no alto. Os
meus desejos são inconfessáveis.
8. Depois das acusações de plágio que envolveram Tony
Carreira, tem sido um ver se te avias. No Festival da Canção era para todos os
gostos. Eis que a moda chega ao cinema. João Botelho, esse mesmo, o de “Os
Maias” e “Filme do Desassossego”, foi agora acusado de plagiar um romance de
Deana Barroqueiro. Não fugiu à questão, dizendo-se altamente inspirado pelo
livro em causa, numa carta que, pelos excertos revelados, mais parece um acto de
contrição esfarrapado de um aluno do 5.º ano. Ao que parece, no filme “Peregrinação”,
que não vi, surgem personagens que são pura invenção da autora de “O Corsário
dos Sete Mares”, que não li. Portanto, daqui talvez se possa concluir que o
filme vendido como adaptação da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto é,
afinal, uma adaptação não autorizada de “O Corsário dos Sete Mares”. Anda tudo
doido.
9. O Tejo tem vindo a ser sujeito a consecutivos crimes
ambientais que passam impunes. O título da notícia é exemplificativo do
respeito pela Natureza que as leis deste país consagram: Tribunal substituiu
multa aplicada à Celtejo por repreensão escrita. Tal como se fazia na escola
primária. Para a puta que os pariu.
2 comentários:
Mais do mesmo. Como vês não perdeste nada.
Quase nada.
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