domingo, 1 de abril de 2018

MUNDO ÀS AVESSAS


Razões várias afastaram-me da rede por uns dias. Logo agora, que tanta e tão estimulante matéria andava pelo ar a pedir comentário.

1. O meu Sporting disse definitivamente adeus ao campeonato. Ainda não será desta. Não me preocupa, é só mais um campeonato perdido. O que me preocupa verdadeiramente é a previsibilidade do resultado antes do jogo em Braga. Alguém acreditava que o Sporting ia ganhar aquele jogo?

2. Feliciano Barreiras Duarte deixou de ser assunto. Já ninguém parece ter paciência para estes cagões, saloios que se passeiam de peito cheio pela aldeia e apenas são esfuracados pelo bico da verdade quando se aproximam da capital. Continuem pela aldeia com seus pergaminhos de pechisbeque, ninguém os incomodará.

3. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em Gaza. Violência em Gaza… Quantas mais vezes teremos de ouvir isto?

4. Quando cheguei a Lisboa, em 1992, a noite já não era o que foi nos 80. O Frágil lá estava, entrei algumas vezes, mas saí quase sempre sem perceber a piada. Preferia as Primas, ali ao lado, onde a troco de uma moeda de 50$(?) podia ouvir China Girl, comer tremoços, beber minis. E ler Pascal.

5. Temer diz-se perseguido por forças obscuras na justiça brasileira. Tenham medo, tenham muito medo.

6. Foi aberta a guerra de embaixadores com a Rússia. A Cambridge Analytica e o Facebook resolverão o problema.

7. A estação espacial Tiangong-1 vem por aí abaixo, em queda livre, prevendo-se que entre na atmosfera este Domingo. Algures, alguém verá Deus. Outros dirão que devia cair em cima de quem a pôs lá no alto. Os meus desejos são inconfessáveis.

8. Depois das acusações de plágio que envolveram Tony Carreira, tem sido um ver se te avias. No Festival da Canção era para todos os gostos. Eis que a moda chega ao cinema. João Botelho, esse mesmo, o de “Os Maias” e “Filme do Desassossego”, foi agora acusado de plagiar um romance de Deana Barroqueiro. Não fugiu à questão, dizendo-se altamente inspirado pelo livro em causa, numa carta que, pelos excertos revelados, mais parece um acto de contrição esfarrapado de um aluno do 5.º ano. Ao que parece, no filme “Peregrinação”, que não vi, surgem personagens que são pura invenção da autora de “O Corsário dos Sete Mares”, que não li. Portanto, daqui talvez se possa concluir que o filme vendido como adaptação da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto é, afinal, uma adaptação não autorizada de “O Corsário dos Sete Mares”. Anda tudo doido.

9. O Tejo tem vindo a ser sujeito a consecutivos crimes ambientais que passam impunes. O título da notícia é exemplificativo do respeito pela Natureza que as leis deste país consagram: Tribunal substituiu multa aplicada à Celtejo por repreensão escrita. Tal como se fazia na escola primária. Para a puta que os pariu.

2 comentários:

Ana Alexandre disse...

Mais do mesmo. Como vês não perdeste nada.

hmbf disse...

Quase nada.