O homem é um ser lúdico e erótico, mas necessita de sobreviver, e não se deve considerar um mal tudo o que a técnica lhe tem oferecido. Um dia a máquina produzirá em seu favor, e o homem, liberto da velha sujeição e da moral sobre ele instituída, poderá criar, em termos concretos, a nunca relegada aspiração — a Idade do Ouro. No jogo e no erotismo encontraria ele a sua legítima expressão vocacional.
Herberto Helder, in em minúsculas - crónicas e reportagens de Herberto Helder em Angola, Porto Editora, Abril de 2018, p. 14.
1 comentário:
Curioso como Herberto me diz tanto na prosa e tão pouco na poesia.
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