A sociedade não sei das quantas quer José Afonso no Panteão,
ignorando que o Panteão há muito está no Zeca. O episódio está ao nível da
pesporrência que leva à exibição de falsas licenciaturas e teses de mestrado compradas
a pataco. Num país de fachada como o nosso estas coisas surgem legitimadas pela
cagança geral, mas há limites. A ideia de Zeca Afonso no Panteão Nacional só
lembraria a quem não entende nada da obra de Zeca Afonso, ainda que possa jactar-se
de ter andado de braço dado ou ladeado ou abraçado o autor d’A Ronda das
Mafarricas. Presidida por um a-u-t-o-r que publica ao ritmo que os felinos
copulam, a SPA bem que pode estender a passadeira vermelha à silly season. O 1º
prémio em matéria de vanglória já ninguém lhes tira.
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