domingo, 23 de dezembro de 2018

INTRIGANTES

O Público escolheu aqueles que o intrigaram, entre os quais um tal de Conan Osiris a fazer capa. Não gosto da música que faz, nada me diz, tal como nada me dizem os livros de Raul Minh' Alma, Afonso Noite-Luar e afins. Mas como na música tudo parece valer, tomem lá do Conan. Também não aprecio o estilo, mas cito para memória este novo exemplo dos caminhos para o futuro: 

«Pessoas que vieram dizer cenas, pessoas que sentiram cenas por me conhecer.»
«Há quem vá achar que é uma cena bué silly, há quem vá achar que é uma cena bué deep.»
«Nada é e tudo é. Qualquer pessoa, com qualquer trabalho, é e não é.»
«Cada vez mais sinto que a ignorância é opcional.»
«Ya. Com a net consegue-se chegar lá.»
«Eu tenho bué planetas em Sagitário, bué planetas na Casa 5 [do mapa astral], e isso tem muito a ver com o humor.»
«Estou-me a cagar para essa merda.»
«O que não suporto é ver as pessoas a daçarem bué uma cena e isso ser uma piada.»
«Tudo é cultura.»
«Era bué bittersweet, e sempre foi, porque afinal de contas a vida é bué bittersweet.»
«O que é mesmo ser português? Demorou-me vinte e tal anos para perceber.» [segundo consegui apurar, o rapaz tem 29 anos]

E pronto, ainda há esperança. O futuro está garantido e bem entregue.

1 comentário:

manuel a. domingos disse...

Penso que nunca vi artista conceptual mais conceptual em Portugal. Mesmo o "bué" e tudo isso. Mais "fake" (para não fugir à "cena") não há. E o ser assim é o que ele quer: bué da fake a não valer uma merda, mesmo que tudo seja culrura.