NÃO POSSO DIZÊ-LO DE OUTRO MODO
virá um dia um dia virá um dia
haverá um dia
uma manhã
e teremos o que fomos somos
houve um dia
um boto
um escabelo um pâmpano no ar
não posso dizê-lo de outro modo
quando me ponho a falar destas coisas
a minha intenção é ser muito claro e muito resoluto
não posso dizê-lo de outro modo
virá um dia um dia virá um dia
uma manhã
e tudo será muito claro e muito desperto
Edgar Bayley, in Antología - La poesía del siglo XX
en Argentina, Edición de Marta Ferrari, La Estafeta del Viento, Colección Visor
de Poesía, dirigida por Luis García Montero y Jesús García Sánchez, 2010, p. 124.
Versão de HMBF.
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