segunda-feira, 29 de abril de 2019

A ARTE AUTÊNTICA

   Quando, após vários meses de treino com o arco, Herrigel confessa ao mestre a sua permanente dificuldade em executar o tiro, surge a seguinte resposta:

A arte autêntica - exclamou ele - é sem finalidade e sem intenção! Quanto mais teimar em querer aprender a soltar a seta para acertar com segurança no alvo, mais se afastará, tanto do primeiro como do segundo intento. O que se interpõe no seu caminho é a sua vontade demasiado activa.
(Herrigel, 1953: 38-39)

Citado Catarina Nunes de Almeida, in Migração Silenciosa - marcas do pensamento estético do extremo oriente na poesia portuguesa contemporânea, Edições Húmus, Dezembro de 2016, p. 50.

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