O oceano branco circula no meu coração
enquanto canta outro oceano de prata dourada,
que se solta das águas do sol.
Já é demasiado tarde para ser só de uma província,
e
muito cedo para pertencer,
todo,
ao
planeta vindouro e sangrante
resplendor.
Oh, acode, acode minha hierarquia de peão do planeta,
gaúcho
com tranças de sangue,
meu
pai,
e aparelha-me o melhor cavalo ruão do universo:
para atravessar a água dourada da morte,
e
ouvir-me,
todo,
sempre em ti.
O oceano branco soluça pela imortalidade.
Francisco Madariaga, versão de HMBF a partir do original
coligido por Marta Ferrari, in Antología – La poesia del signo XX en
Argentina, vol. 7 da colecção La Estafeta del Viento, dirigida por Luis
García Montero e Jesús García Sánchez, Visor Libros, 2010, p. 264.
Sem comentários:
Enviar um comentário