Comecei a ver o debate. Mudei de canal quando Nuno Melo
tentou justificar os abraços de Paulo Portas a Maduro com a defesa dos
empresários portugueses, depois de ter mostrado fotografias de Sócrates com
António Costa, de Pedro Marques com Sócrates, e de ter censurado as relações de
proximidade entre Sócrates e a Venezuela. Como Sócrates não estava presente,
mudei de canal.
Não consigo aturar estes políticos portugueses, queria ver um
debate entre os presentes a falarem de coisas actuais e relevantes como
emigração, políticas europeias, euro, etc… Impossível, não dá, porque uns não
deixam, porque outros não querem, porque a hipocrisia e a falta de vergonha na
cara é tanta que a chicana se apresenta como único escape possível.
Hoje, uma
notícia sobre um dos bons empresários portugueses que Nuno Melo tanto gosta de
defender: «A Banca aceitou perdoar, no mínimo, 116 milhões de euros em dívidas
dos negócios no ramo automóvel do milionário João Pereira Coutinho.» Dito
de outra forma: «Para garantir a sobrevivência do grupo Soluções Automóveis
Globais (SAG), João Pereira Coutinho terá de retirar a empresa de bolsa,
beneficiar de um perdão de dívida de 370 milhões de euros e vender a maior
empresa, a SIVA, à Porsche por 1 euro.»
Dito isto, quem quer saber das
europeias?
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