Domingo, o senhor Domingos
que escreve o nosso poema
e pouco sabe,
senhor navegador solitário
no seio do ruidoso descalabro
do atonalismo e afasia urbanos,
senta-se no anel de fogo
a golpear castanhas, trabalha
sem descanso no milagre
do bom ritmo da fala,
na matriz do seu aroma:
que repete, a semana inteira.
Paulo da Costa Domingos, in Paisagem Durante a Batalha, Viúva Frenesi, Setembro de 2019, p. 82.
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