sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

COMERCIAL

Quando o comercial da Gradiva nos visitava em Setembro, eu já sabia que vinha aí novidade do José Rodrigues dos Santos. Quantos quer, 150, 200, 250? Referia-se à primeira leva, para lançamento da obra com exposição vistosa em livraria. Aquilo vendia tudo. E mais os que viessem. A certa altura, comecei a pensar no assunto. Por que será? Não li nenhum. Quem leu, fala de jornalismo. Ou de história. Aprende-se muito. Se é para aprender História, prefiro os historiadores. A explicação para as minhas dúvidas surgiu da boca do comercial, quando, em 2012, Tomás Noronha foi despedido por causa da austeridade. Eu pedi os 150 do costume para começar. Resposta do comercial: é pouco, depois vai ficar sem livros, estou a avisar, o "orelhas" vai dar uma entrevista muito polémica, prepare-se. Ainda não tinha dado, ia dar. Caso julgueis que aquelas afirmações são de um palerma, estais muito enganados. Aquilo é de vendedor de peixe, o melhor que temos no nosso mercado. Este ano, os dois pastelões vão esgotar que é um mimo. Eu, se fosse os meus ex-colegas, reforçava já o stock. As redes farão o resto, vão vender-lhe os livros todos.

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