POEMA
Os homens que fazem jazigos também cantam de manhã... e os jazigos envolvidos na cantiga têm um ar acolhedor, burguês e confortável...
Não te preocupes daquilo que está à tua volta, nem daquilo que à tua volta é um símbolo de outra coisa: nada tem símbolos e tudo é a sua própria definição. Não queiras saber das coisas à tua volta: elas são o seu porquê — adora! — e que o gosto de olhá-las te seja suave e sagrado como uma bênção!
— Vê como é tão simples a morte, e tão inúteis os mistérios insondáveis numa manhã de sol!
António Pedro, in Primeiro Volume. Canções e Outros Poemas / 1927 - 1935, Edições Revelação, Lisboa, 1936, p. 144.
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