quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

ÚLTIMA HORA

Descoberta variante portuguesa do novo coronavírus (que já não é assim tão novo). Apanha-se a ver programas da Cristina Ferreira e do Hernâni Carvalho, a ouvir o Marques Mendes, a entreter o espírito com o Big Brother, a ler o João Miguel Tavares e a Clara Ferreira Alves, a ouvir a voz da Fátima Campos Ferreira, através dos olhos piscados e das orelhas hirtas do José Rodrigues dos Santos, com entrevistas do João Adelino Faria e aquela coisa do que dizem os teus olhos apresentada pelo Daniel Oliveira. Contrai-se igualmente com o próprio Daniel Oliveira e com os cronistas do Sol, do I e do Observador, com a Maria de Fátima Bonifácio e aquele estronço que foi director do Expresso, ia ganhar o Nobel e é filho dum respeitável historiador de literatura (ninguém escolhe os filhos que tem). Toda a cautela é pouca quando expostos aos poemas do José Tolentino Mendonça, às panelas da Joana Vasconcelos e aos sermões dominicais do Rui Santos (o gelado da Máscara). Cuidado com a imprensa em geral e o Camilo Lourenço em particular, o José Gomes Ferreira, o mau, é contágio certo e vídeos de um tal Tilly no YouTube são altamente infecciosos. O homem tem nome de chá, mas é puro veneno. Nada de contactar com cheganos, negacionistas, revisionistas e especialistas de bancada que citam estatísticas da Universidade Johns Hopkins como se estivessem a citar a Bíblia. Toda a distância é pouca quando o tema é covid-19. O próprio tema, aliás, é altamente epidémico, pandémico, endémico. Uma pessoa apanha só de ouvir falar. Por isso é melhor ficar por aqui. Protejam-se, o silêncio é uma arma.

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