sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

TURISMO LITERÁRIO

Quando partes à descoberta de quem se esconde por detrás do nome de uma rua:



E quando ao passares por uma rua deparas com um poema:


(Esta rua é alegre, de Ruy Belo, na Rua de São Bento, em Vila do Conde)

Quando descansas numa praça com nome de poeta:


(Praça de Bocage, outrora Praça do Sapal, Setúbal)

Quando travas conversa com as estátuas espalhadas pelo caminho:


(Escultura de Aquilino Ribeiro em Viseu)

Quando percorres os passos dos teus escritores preferidos:



Ou quando procuras um lugar que descobriste entre as páginas de um livro:


(Miradouro do Carrascalinho, Freixo de Espada à Cinta, mencionado por J. Rentes de Carvalho, em Mentiras & Diamantes, 2013)

Quando te fazes convidado na casa de um escritor que admiras:



Quando vais ao cinema ver o livro da tua vida:



Ou quando vais a um concerto ouvir poesia:



(Cartaz de concerto dos Lisbon Poetry Orchestra, no Teatro Garcia de Resende, em Évora)

Quando entras num restaurante e dás com um recital:



(Restaurante POVO, no Cais do Sodré)

Quando entras numa livraria que parece um sonho:


(Livraria Lello, no Porto)

Ou visitas uma biblioteca histórica:


Quando depositas uma flor no túmulo de Oscar Wilde:


(Cemitério de Père-Lachaise)

E te sentas na mesa em que os escritores que mais amas se sentavam:


(Na imagem, quatro nomes da literatura portuguesa tomam uma cerveja. Além de Pessoa vemos o escritor António Botto, cuja obra o próprio Pessoa editou, Raul Leal, escritor e poeta, e Augusto Ferreira Leal, um poeta modernista que colaborou com as revistas OrpheuContemporânea e Athena.)

Para também tu seres apanhado em flagrante delitro, antes de pagares a conta com versos de Almada no pensamento:



E ainda há quem faça propaganda disto:
a pátria onde Camões morreu de fome
e onde todos enchem a barriga de Camões!

 
In A Cena do Ódio, Primavera de mil novecentos e quinze. 

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