Quitéria também fez um estudo sobre as práticas culturais dos portugueses. Resultado: acesso à cultura em Portugal ainda é privilégio dos mais bêbados, mais grunhos e mais portugueses, que gastam fortunas em feiras de tasquinhas, mercados medievais, festivais do chocolate e vilas Natal. Os livros estão caros, mas uma mariscada na Nazaré e o bandulho a arrotar canecos d'imperial estão em conta. Os portugueses lêem cada vez mais nas entrelinhas, não frequentam cenas maradas, tipo teatros e museus, porque sabem tudo, nascem já sabidos, não têm nada a aprender. Em cada tuga há toneladas de opiniões para dar e vender, não os incomodem com livralhada. Dêem-lhes o Tony no dia da cidade, iluminações natalícias e carnavais. Os centros culturais que façam coisas, mas não incomodem. A malta não 'tá pra se chatear. E muito menos para perder tempo a pensar no assunto. Enquanto houver Big Brother e Insta temos mais que bases para uma erudição que chegue. E sobre.
1 comentário:
E sobra. :D
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