Não me vão apanhar a discutir a ruína de vidas humanas como se estivesse a jogar Risco. Muito honestamente, é-me indiferente se houve algum tipo de encenação em Bucha, quem lançou o míssil que caiu em Kramatorsk, se morreram 10 ou 1000 pessoas no teatro de Mariupol, se o hospital era um albergue de soldados ou se havia grávidas a parir. É tudo execrável. Sei o que vejo: cidades destruídas, vidas arruinadas, milhares de mortos, milhões de deslocados. E sei que nada disto teria sucedido se a Federação Russa não tivesse invadido a Ucrânia e se os ucranianos não se tivessem encantado pelo canto da sereia em 2014. O jogo de verdade ou consequência com o horror é-me repugnante. Preferível será discutir como será possível travar esta desgraça e como apoiar as vítimas da devastação. O resto é para quem está no terreno, com as mãos nos cadáveres e os pés sobre cinzas.
sábado, 9 de abril de 2022
CONTABILIDADE DE OSSOS
Não me vão apanhar a discutir a ruína de vidas humanas como se estivesse a jogar Risco. Muito honestamente, é-me indiferente se houve algum tipo de encenação em Bucha, quem lançou o míssil que caiu em Kramatorsk, se morreram 10 ou 1000 pessoas no teatro de Mariupol, se o hospital era um albergue de soldados ou se havia grávidas a parir. É tudo execrável. Sei o que vejo: cidades destruídas, vidas arruinadas, milhares de mortos, milhões de deslocados. E sei que nada disto teria sucedido se a Federação Russa não tivesse invadido a Ucrânia e se os ucranianos não se tivessem encantado pelo canto da sereia em 2014. O jogo de verdade ou consequência com o horror é-me repugnante. Preferível será discutir como será possível travar esta desgraça e como apoiar as vítimas da devastação. O resto é para quem está no terreno, com as mãos nos cadáveres e os pés sobre cinzas.
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