Durante um passeio com a Nala dei com um saco cheio de DVDs ao lado de um caixote do lixo. Estava a chover, pelo que muitos encontravam-se encharcados. Outros tinham sido abertos e destruídos pelos putos do bairro. Trouxe dois para casa. Fiquei com pena deles. Ainda estavam envolvidos em plástico, não chegaram sequer a ser usados. Dois filmes, um menos mau, outro péssimo, a que resolvi dar uma oportunidade. Fiquei triste a olhar para o saco. Pensei nas VHS que tenho metidas em caixas de cartão, provavelmente para sempre silenciadas. Fartei-me de comprar destas cassetes nos cinemas King. E há as que gravei, aqueles filmes da vida do Bénard da Costa que passavam na RTP 2. Entretanto apareceram os DVDs, que ainda vou vendo numa PlayStation oferecida às miúdas sem efeito que se note. Raramente lhe deram uso, graças a Deus. Também os DVDs parecem condenados à obsolescência. Não há nada que me faça sentir mais velho do que a tecnologia. Olho para as coisas e interrogo-me: porquê e para quê? Tanto dinheiro gasto em coisas com os dias contados. Talvez a vida seja isto mesmo, uma espécie de investimento a fundo perdido.
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
FUNDO PERDIDO
Durante um passeio com a Nala dei com um saco cheio de DVDs ao lado de um caixote do lixo. Estava a chover, pelo que muitos encontravam-se encharcados. Outros tinham sido abertos e destruídos pelos putos do bairro. Trouxe dois para casa. Fiquei com pena deles. Ainda estavam envolvidos em plástico, não chegaram sequer a ser usados. Dois filmes, um menos mau, outro péssimo, a que resolvi dar uma oportunidade. Fiquei triste a olhar para o saco. Pensei nas VHS que tenho metidas em caixas de cartão, provavelmente para sempre silenciadas. Fartei-me de comprar destas cassetes nos cinemas King. E há as que gravei, aqueles filmes da vida do Bénard da Costa que passavam na RTP 2. Entretanto apareceram os DVDs, que ainda vou vendo numa PlayStation oferecida às miúdas sem efeito que se note. Raramente lhe deram uso, graças a Deus. Também os DVDs parecem condenados à obsolescência. Não há nada que me faça sentir mais velho do que a tecnologia. Olho para as coisas e interrogo-me: porquê e para quê? Tanto dinheiro gasto em coisas com os dias contados. Talvez a vida seja isto mesmo, uma espécie de investimento a fundo perdido.
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