Um conselho: não confiem nos poetas que abusam das
inversões. Coisas do género "o céu que dentro de mim voa" ou
"pisado pela terra acabei a molhar a chuva" ou ainda "uma
cadeira sentada num homem chorava" ou ainda "uma abelha pousou na
corola dos teus olhos enquanto eu percorria cada uma das pétalas do teu corpo
perguntando: mal me quer, bem me quer?", são truques que se aprendem nos
piores cursos de escrita criativa. Quem assim vos trata não vos quer bem. Poeta
que é poeta foge disso a sete pés.
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