As pessoas têm dificuldades, é compreensível. A
dificuldade de me tratarem pelo nome começa a ser recorrente. São quatro, não
fiz a coisa por menos. No Fólio estavam cansados e roubaram-me um, fiquei
Henrique Bento Fialho. O Manuel foi à vida. Ontem, um amigo enviou-me link para
o sítio de uma livraria onde Fialho virou Filho. Deixou de rimar com carvalho,
passou a rimar com milho. Melhor do que em Cáceres, onde em tempos, numa
pequena publicação, fiquei Iaflho. Extraordinário apelido, parece nome de
coisa. Às vezes sou apenas Henrique Fialho, noutras ocasiões HMBF. Está tudo
bem, na boa, compreendo as dificuldades com nomes difíceis como o meu e,
verdade seja dita, também não sou relevante como, vá lá, o António Manuel Couto
Viana, o João Miguel Fernandes Jorge ou o João Luís Barreto Guimarães. Era mais
trágico estes passarem a ser Manuel Couto, João Jorge ou João Barreto. Consigo
perdoar tudo, excepto uma coisa: que não chamem filho da puta a um filho da
puta, substituindo o uta por ***. É de uma hipocrisia insuportável, sobretudo
num país que está cheio deles. Merecem ser tratados pelo nome, porra.
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