A invasão da Ucrânia pôs a encenação de Ajax na ordem do
dia, como costumávamos dizer no PREC, quando as urgências eram a forma de
inventar outro mundo.
“Ajax, Regresso(s)” é uma extraordinária reflexão acerca
do ódio ao outro, das consequências de olhar a tribo nacional – a sua, a nossa
– como única, nação escolhida por um destino superior que um dia vira “grande
nação”, império. O conflito entre nações, interétnico e os projectos de limpeza
étnica e raciais ocorreram e ocorrem, como vimos e vemos na História, desde o
holocausto índio – que continua(va) até há pouco no Brasil bolsonarista – ao
holocausto judeu e por aí fora.
Os vários colonialismos praticaram morticínios
infindáveis – entre nós, o massacre de Pidjiguiti, no porto de Bissau, e mais
tarde no norte de Moçambique, em Wiriyamu. E, depois, o que aconteceu nas mais
diversas guerras civis, da guerra civil de Espanha às guerras civis angolana e
moçambicana, foram chacinas constantes, baseadas em conflitos de natureza
imperial, raciais e interétnicos – os imperialismos sempre exploraram as
divisões étnicas e os tribalismos também tentaram impérios locais, contra
outros – os outros, sempre.
Para ler na íntegra: aqui.
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