No fascinante mundo dos reels, há uma tendência que me intriga mais do que qualquer outra. Não me refiro aos vídeos nos ginásios para exibição de glúteos nem às mensagens de paz e amor no meio de uma natureza que não se descortina porque tem invariavelmente a velá-la o produtor de conteúdos que, levado pelo narcisismo, se filma mais a si próprio do que a qualquer outra coisa. Há pessoas, acredito, que devem ter orgasmos a verem-se nos ecrãs dos telemóveis. Refiro-me, então, a essa tendência há muito observada, mas só agora acusada, para gravar vídeos no interior dos automóveis. Uns até o fazem a conduzir. O que quererá isto dizer? Porquê o automóvel? Será por não terem outros cenários que façam justiça à mecânica sofisticada e ao design elaborado dos pensamentos profundos que têm para partilhar com o mundo? Sentir-se-ão mais seguros e confiantes no interior dos veículos? Ficam as dúvidas.
terça-feira, 13 de maio de 2025
DÚVIDAS
No fascinante mundo dos reels, há uma tendência que me intriga mais do que qualquer outra. Não me refiro aos vídeos nos ginásios para exibição de glúteos nem às mensagens de paz e amor no meio de uma natureza que não se descortina porque tem invariavelmente a velá-la o produtor de conteúdos que, levado pelo narcisismo, se filma mais a si próprio do que a qualquer outra coisa. Há pessoas, acredito, que devem ter orgasmos a verem-se nos ecrãs dos telemóveis. Refiro-me, então, a essa tendência há muito observada, mas só agora acusada, para gravar vídeos no interior dos automóveis. Uns até o fazem a conduzir. O que quererá isto dizer? Porquê o automóvel? Será por não terem outros cenários que façam justiça à mecânica sofisticada e ao design elaborado dos pensamentos profundos que têm para partilhar com o mundo? Sentir-se-ão mais seguros e confiantes no interior dos veículos? Ficam as dúvidas.
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