Informam as legendas que o Imperador Augusto, sob cujo governo foi construído o teatro romano de Mérida, terá promovido a representação dos grandes clássicos gregos. Ovídio dizia: «Ao teatro, vai-se para ver e ser visto, pouco importam os versos que se estão a representar.» Ao que parece, os romanos não apreciavam Sófocles, Eurípedes, Ésquilo… Preferiam mímica e pantomima, dança e música, putas e vinho verde, legado deixado a uma posteridade ainda hoje entretida a pão e circo. Representadas durante o dia, gratuitas para quem quisesse assistir, as peças não teriam o mesmo sucesso que os jogos com gladiadores ali ao lado no Anfiteatro de que restam ruínas, pedras, um chão seco que já não cheira a sangue. Apenas pó.

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