Normalmente é assim, quem não faz um caralho ocupa o tempo a malhar em quem faz alguma coisa. Criticar a rapaziada da flotilha humanitária, e neste caso o adjectivo faz toda a diferença, é só abjecto, mais ainda quando se treslê esta acção de apoio a um povo massacrado como se ela fosse uma manifestação a favor do Hamas ou como se Israel não estivesse a cometer um genocídio sob o alto patrocínio de uma América trumpista rendida a influencers que defendem execuções públicas transmitidas em directo na televisão. A barbárie tomou conta do chamado mundo civilizado, que, de resto, nunca o foi senão nesse contexto psicopata que é o da autojustificação. Acabo de ouvir um a dizer que as pessoas da flotilha estão erradas porque nunca pediram a libertação dos reféns, o que me leva a pensar se esta criatura alguma vez pediu a libertação de centenas de palestinianos, incluindo menores, encarcerados arbitrariamente nas prisões de Israel. Ou se, pelo menos, alguma vez se manifestou contra os colonatos na Cisjordânia, as políticas expansionistas de Israel, os ataques à revelia do Direito Internacional um pouco por todo o lado, o extermínio de jornalistas, médicos, professores, etc. Toda esta legitimação dos crimes sionistas é mil vezes mais grave do que uma flotilha humanitária, cujo vício é apenas um: serem poucos.
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
FLOTILHA
Normalmente é assim, quem não faz um caralho ocupa o tempo a malhar em quem faz alguma coisa. Criticar a rapaziada da flotilha humanitária, e neste caso o adjectivo faz toda a diferença, é só abjecto, mais ainda quando se treslê esta acção de apoio a um povo massacrado como se ela fosse uma manifestação a favor do Hamas ou como se Israel não estivesse a cometer um genocídio sob o alto patrocínio de uma América trumpista rendida a influencers que defendem execuções públicas transmitidas em directo na televisão. A barbárie tomou conta do chamado mundo civilizado, que, de resto, nunca o foi senão nesse contexto psicopata que é o da autojustificação. Acabo de ouvir um a dizer que as pessoas da flotilha estão erradas porque nunca pediram a libertação dos reféns, o que me leva a pensar se esta criatura alguma vez pediu a libertação de centenas de palestinianos, incluindo menores, encarcerados arbitrariamente nas prisões de Israel. Ou se, pelo menos, alguma vez se manifestou contra os colonatos na Cisjordânia, as políticas expansionistas de Israel, os ataques à revelia do Direito Internacional um pouco por todo o lado, o extermínio de jornalistas, médicos, professores, etc. Toda esta legitimação dos crimes sionistas é mil vezes mais grave do que uma flotilha humanitária, cujo vício é apenas um: serem poucos.
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