Em português, Três Tempos. Histórias em épocas diversas (1966, 1911, 2005) sobre temas sem tempo. Cartas que nos arrastam para uma busca silenciosa. Cartas que são mapas sentimentais. Não penses que estarão à tua espera quando regressares. Na segunda história, os diálogos mínimos do filme dão lugar à mudez das personagens. Excepção feita a uma cantora de bordel que vem confirmar a regra de um cinema que faz do silêncio a sombra de uma singular luminosidade. O que fica para lá do tempo? Dois corpos protegidos por um guarda-chuva, de mão dada, alguém que volta àquilo que era depois de ter ultrapassado a doença, a conformidade à regra ultrapassada pelo fulgor da paixão. «Quero vender a minha alma. Não quero passado nem futuro». Um tempo de amor, um tempo de liberdade, um tempo de juventude. E o que fica para lá do tempo? Uma mensagem enviada por telemóvel? Um e-mail?
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