terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TESÃO DE MIJO AO CUBO

1. Os entusiastas das revoluções no mundo árabe fartam-se de fazer comparações com Portugal. Nos blogues. Nas ruas não os vejo.



2. Isto há-de chegar cá, dizem-me. Penso logo em Teixeira de Pascoaes e no nosso eterno sebastianismo. Sucede que D. Sebastião não há e Passos Coelho é mais do mesmo.


3. Acabei de ouvir um cidadão anónimo afirmar que começa a acontecer por cá o que vai acontecendo pelo mundo árabe. E deu como exemplo os confrontos de ontem entre uma claque de futebol e a polícia. Portanto, podem os historiadores registar os factos: a revolução começou no Alvalade XXI e os revolucionários são um bando de energúmenos vestidos de verde e armados com cadeiras que desconfiam que o Bahrein seja um avançado turco, o Iémen a moeda marroquina e a Líbia um bairro em Chelas.

2 comentários:

Elza Magna disse...

Gosto do teu humor afiado, Henrique. Já me forneceste um bom teste para avaliar o coeficiente de (des)informação de alguém que se acaba de conhecer: "Quanto vale em dólar um iémen?"

Ótima também a postagem sobre a inutilidade da poesia.

Um abraço

hmbf disse...

obrigado