sexta-feira, 14 de outubro de 2011

FLOGGING A DEAD HORSE

Camarada Van Zeller, finalmente este país voga no rumo certo. Pedro Passos Coelho é o homem do leme por quem todos ansiavam. Pelo menos aqueles que votaram nele. Os portugueses merecem um homem destes, tal como merecem um Jardim, um Isaltino, um Valentim, uma Felgueiras, um Ascensor Simões… Só não percebo porque é que depois das medidas anunciadas ontem não se legaliza a eutanásia. Afinal, não é isso o que estão a propor, tratar o doente assistindo-lhe a morte? Também não percebo porque é que ainda precisamos de um Ministério da Economia. Podíamos começar por cortar aí, extinguindo o Ministério da Economia. Não vai servir para nada nos próximos anos e o autor de Portugal na Hora da Verdade bem podia recolher-se no gabinete a escrever mais bestsellers com soluções para o país. Sugiro-lhe que desenvolva alguns temas. Por exemplo, de onde vem o dinheiro do FMI? O dinheiro planta-se, rega-se e colhe-se ou é fruto do trabalho? Quem produz para que o FMI tenha dinheiro? Quem sua as estopinhas para que o Fundo exista? Diagnosticada a doença, e tomando sempre por dado adquirido que os tratamentos jamais serão consensuais, cabe também questionar qual a origem da doença? Não me parece que algum vírus possa ser combatido sem que se torne clara a sua origem. Sendo assim, não há responsáveis nem culpados cujos rostos devam ficar associados ao estado a que chegámos? Quem são? Onde estão? O que fazem? Em 37 anos de democracia política não me lembro de ter visto o meu país governado senão por gente que atira para detrás das costas, varre para debaixo do tapete ou põe nos outros a responsabilidade e a culpa dos vírus gerados pela complacência generalizada. Complacência para com a corrupção (BPN), complacência para com a soberba (Madeira), complacência para com a ostentação (UEFA Euro 2004), complacência para com a gestão negligente, incompetente, interesseira e pretensiosa dos dinheiros públicos. E quantas vezes, demasiadas vezes, esta complacência não se converteu em cumplicidade? Exemplos não hão-de faltar ao economista, jornalista e romancista português Álvaro dos Santos Pereira. A culpa é dos extraordinários privilégios dos funcionários públicos? O sucateiro é funcionário público? E o Américo Amorim?

2 comentários:

Graça Sampaio disse...

Muito bem! Muito bem posto. Muito bem escrito!

Subscrevo!

Ana Cristina Leonardo disse...

Obrigada pelo link. Só lamento que remeta para um homem tão feio... mas em portugal há poucos mafiosos jeitosos