Ficamos chocados quando descobrimos que os grandes homens eram fracos e mesquinhos, desonestos ou egoístas, sexualmente viciosos, fúteis ou desbragados; e muitos julgam incorrecto revelar ao público as falhas dos seus heróis. Não há muito por onde escolher entre os homens. São todos uma mistura de grandeza e pequenez, de virtude e vício, de nobreza e baixeza. Alguns têm mais força de carácter, ou mais oportunidades, e assim, numa direcção ou noutra, libertam os seus instintos, mas potencialmente são a mesma coisa. Quanto a mim, não creio que seja melhor ou pior que a maioria das pessoas, mas sei que, se confessasse cada acção da minha vida e cada pensamento que me atravessou o espírito, o Mundo me julgaria um monstro de depravação.
Fotografia: Jorge Aguiar Oliveira
Texto: W. Somerset Maugham
3 comentários:
Muito bom.
Também acho.
...e continuaríamos a ser um mistério.
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