sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

INOCENTE

Camarada Van Zeller, a cabeça do Herberto Helder estremece com todo o esquecimento. A do Ângelo Correia e do Marques Mendes também. Terá o meu amigo lido nas notícias que nos idos de 1996 o nosso actual Primeiro criou uma ONG com o nome pomposo de Centro Português para a Cooperação. Entre os membros figuravam Ângelo e Mendes, agora esquecidos de terem figurado entre os membros. Passos Coelho, à época deputado em regime de exclusividade, criou a ONG com o objectivo de contribuir para o apoio directo e efectivo a programas e projectos em países em vias de desenvolvimento. Ao que parece, o único desses países a beneficiar dos 137 mil euros atribuídos à famigerada ONG pelo Fundo Social Europeu e pela Segurança Social foi… Portugal. Fica mais uma vez provado o elevado sentido patriótico do nosso primeiro. O mesmo sentido patriótico que segura Relvas no Governo como a carne prende a unha e varre Nuno Santos da RTP. Bem pode este despesista defender-se afirmando-se vítima de saneamento político. Na verdade, o que aqui está em causa é um elevado sentido patriótico. Nada de comparável aos métodos negros dos generais angolanos que instauraram em Portugal um processo contra a editora Tinta-da-China por causa da publicação do livro de ficção «Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola». Toda a gente sabe que em Angola não há corrupção, muito menos tortura, quanto mais diamantes. Em Angola só há bananas, palhotas, pretas de tanga, chimpanzés, leões e tarzans. Este mundo anda, de facto, tão trocado e confuso que chegamos a sentir dó do Primeiro ao lermos as notícias: Passos luta por tratamento igual à Grécia, Passos rejeita dizer onde vai cortar na despesa pública. Ou seja, passos luta por tratamento igual à Grécia rejeitando dizer onde vai cortar na despesa pública. Ao mesmo tempo, Vítor Gaspar, o das finanças, faz dos portugueses atrasados mentais. Quem o afirma é Marques Mendes. Ele próprio português, tal como Vítor Gaspar e Passos Coelho. Embora existam portugueses mais portugueses que os portugueses, é de supor que eles andem todos a tratar-se como deficientes mentais. Vai-se a ver, Portugal é um manicómio com um ministro das finanças que se contradiz, um primeiro-ministro que rejeita comunicar as suas soluções e um comentador político com a cabeça a estremecer de esquecimento. Do que isto precisava era de uma caterva de generais angolanos ou de um Medina Carreira em cada esquina.  Ups: 


1 comentário:

maria disse...

pois, parece que a virgem...só neste país, como canta o outro.