Valupi a escrever sobre o Sporting:
Jesus é o tipo de treinador que dá por si a não esperar que
a equipa adversária marque. E isto estando ela a jogar com 11 jogadores, em
casa e com talento igual ou superior à equipa que calhe estar a treinar. Essa
consciência poderá ser a mesma que o leva a esperar que a sua equipa também não
marque, como assumiu ao dizer que pensava ir para prolongamento. Como se
chegará a tal estado de compreensão dos mistérios do jogo da bola? Duvido que
seja possível descobrir os processos mentais do fenómeno. Mas podemos reflectir
sobre as suas consequências. Por exemplo, tivesse ele esperado o contrário, que
o CSKA ainda marcasse enquanto o árbitro não desse os 90 minutos por
terminados, se calhar teria feito qualquer coisa para evitar tal desfecho. Umas
substituições. Ou umas mudanças tácticas. Ou umas trocas posicionais. Ou uma
reza. Só que isso, lá está, implicava ter outro tipo de treinador a treinar o
Sporting, não este tipo. O tipo que ganhou por milagre ao Tondela e empatou com
o Paços de Ferreira em Alvalade.
2 comentários:
O texto é muito bom e acerta nesse pormenor da arrogância do Jesus. Só é grave, a meu ver, que não toque no ponto absolutamente inacreditável e escandaloso que foi a arbitragem com um golo marcado com o braço e um golo limpo anulado. Junta isso aos dois penaltis não marcados na primeira mão e sem essa colossal máfia corrupta da UEFA a arrogância do chiclas ainda andaria mais de vento em poupa. Também já se esperava, já vinha habituado às facilidades do "limpinho limpinho"...
São dois temas diferentes. Reconheço que parto com uma enorme desconfiança acerca das reais capacidades de Jesus. Gostava do Marco Silva e continuo a julgar indecente a forma como foi tratado. Por ora, Jesus deu-nos uma alegria e já falhou num dos objectivos. É verdade que a arbitragem não ajudou, mas supor que pudesse ajudar é ingénuo e até ridículo. O Sporting tinha obrigação de ter feito mais, tanto cá como lá (a segunda parte foi uma desgraça).
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