quarta-feira, 7 de outubro de 2015

JOSÉ VILHENA (1927-2015)


Não vale a pena estarmos com paninhos quentes, o mundo divide-se em dois tipos de pessoas: umas acreditam não passarmos de sombras que almejam por um outro mundo, um céu, paraíso perfeito; as outras sabem que o humano não é mais (mas também não é menos) do que as circunstâncias em que o é humano... E o resto é conversa. Traduzindo para português: uns pensam que debaixo da casca da cebola está uma alma eterna, outros acham que a alma é a própria cebola, que na casca (na superfície, no corpo) se buscam e encontram os sinais da alma. Vilhena é um eterno caçador solitário, em busca da mulher, do amor, do desejo.

Rui Zink, in introdução a José Vilhena, Editorial Notícias, 1.ª edição: Outubro de 2002.


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