Um tonto chamado Marcelo aparece à frente nas sondagens. Vir
a tê-lo como presidente, depois de aguentar dez anos de Cavaco, é das
perspectivas mais decepcionantes e desencantadoras que nos podem afectar.
Esmiuçar o passado de Marcelo é uma tarefa bocejante. Ele disse, de facto, tudo
e o seu contrário, a sua coerência é a contradição e a incoerência, a sua
lógica é a de um discurso dúbio sem compromissos, não tem ideologia, é um vazio
de convicções que nos oferece a única certeza de podermos esperar dele uma incansável
fantochada. Este mito germinado e parido pelas televisões pode fazer as
delícias do Portugal pícaro, mas é um pesadelo quando nos esforçamos para encontrar
um mínimo de seriedade intelectual no discurso, na pose, até na mensagem que
transmite pelo esbracejar atarefado de quem não sabe parar um segundo para
olhar calmamente à sua volta e perceber que não é ele o único a fazer parte da
paisagem. Quando pára um bocadinho, tenta tocar-nos o coração com as banalidades que qualquer um diria para parecer um entre os outros. Mas é tudo tão previsível que enjoa. O que terá acontecido para que se candidatasse? Quem o terá convencido? Com que missão avança para o interior do labirinto?
3 comentários:
A bunch of very good questions.
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Também achei.
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