Pela minha mãe, pelo meu pai, pela minha tia, pelo meu primo
que está na Austrália, pelo Basquiat, o meu cão, pelas minhas filhas e pelo
hamster, pelo Dr. Caramba, graças a quem me libertei de todos os vícios, pela
Quitéria, a cigana aqui do bairro, que me faz relativizar as tragédias do
mundo, por todas as árvores abatidas e pelos ursos polares, pelo Leonardo
DiCaprio que ganhou o Oscar para melhor actor depois de ter sido violado por um
urso, pelo bom Luís Miguel Militão, convertido ao evangelismo pela mão do padre
Frederico, pelos refugiados de Guantánamo e pelas vítimas do Panama Papers, pelos
meus amigos no Facebook, por Deus Nosso Senhor Meu Pai e Sua Santa Mãe que me
libertaram do onanismo, mais ou menos, pelo Rimbaud esteja onde estiver e pelo
cubo mágico, eu voto, eu voto, eu voto, se me deixarem falar, isto é, se me
deixarem falar, ou seja, eu voto, eu voto assim assim.
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