quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

À SOMBRA DA RUÍNA

Abramos portas à felicidade, de algum lado ela há-de chegar-nos. Ainda não pintámos todos os livros que havia para pintar, insistimos no estudo do Reiki, a biografia sobre Mindfulness não pára de crescer, os anjos estão connosco e nós com eles. Eis-nos no Norte da Europa, onde a felicidade medra como náufragos no mediterrâneo. A moda dos nórdicos chegou-nos pelos policiais, prossegue agora pelos bons conselhos para uma vida feliz. Entretanto, em conversa com amigo emigrado na Suíça, fico a saber do seu desespero. São todos uns fascistas, diz-me, até reuniões na escola fazem em separado para suíços e emigrantes, esta merda é um Apartheid em plena Europa e ninguém fala disto. Pronto, amigo, dou eu uma achega. Sugiro-te, para te acalmares, uma volta pela Dinamarca. É lá que a felicidade nos espera a todos. Com sorte, deixam-nos sozinhos e abandonados num cantinho do interior alentejano ou no vale do Douro. Se lá fomos felizes, fortes possibilidades se abrem para que no futuro voltemos a sê-lo. Felizes, alegres, ligeiros, nem que à sombra da ruína e no aconchego do abandono. 

2 comentários:

Take Direto disse...

delicioso.
ando a pensar o mesmo.

hmbf disse...

deve ser um pensamento muito comum por estes dias :-)