Estou a alucinar, só posso estar a alucinar. Para quem
não acredita em milagres nem em virgens engravidadas por espíritos santos,
impõe-se uma explicação científica para o que julgo ter acabado de ouvir: o
país deve muito a Paulo Núncio. O dia de hoje passará a ser celebrado no meu
calendário litúrgico pessoal como o dia da assunção. Tive, sem dúvida, um êxtase
místico. Agradeço-o a Cristas. Ora então devemos muito a Paulo Núncio, o tal
que se escuda em erros informáticos quando os assuntos são listas VIP e transferências
para offshores. Dos erros de percepção mútua à grande elevação de carácter
desta gente, a única certeza que podemos ter é que o país nada deve aos
cérebros que por cá ficaram a governar-nos em tempos de debandada. Debandada de
cérebros e de fortunas. Quem precisa do Carnaval quando o quotidiano é esta
grotesca realidade?
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