Enquanto em Portugal as hordas se inquietam com o caso
Centeno, último reduto de uma oposição ao Governo sem ponta por onde pegar (teriam
várias, interessados estivessem em política a sério), o mundo não pára para
folclores inconsequentes. Prova disso é a catrefada de discursos políticos
vindos a lume em tudo o que é entrega de prémios. Não há galardoado que não
aproveite o tempo de antena concedido para fazer gosto à língua, proferindo meia
dúzia de banalidades contra Trump & C.ª Lda. Um dia far-se-á história
desses momentos em que a intervenção política se veste de gala e sobe ao palco
de Grammys, Baftas, etc.. Reconheçamos que nos tempos que correm um fenómeno
como os Homens da Luta dariam em caricatura bafienta, com penteado
desactualizado e indumentária claramente ultrapassada. A luta, agora, aproveita
para exibir a mais alta-costura, os penteados saem das mãos dos mais refinados
cabeleireiros, a luta anda de salto alto. O meu sexto-sentido vaticina que a
breve trecho a própria futura miss mundo venha a substituir a tradicional
mensagem de paz e amor universais por uma qualquer charada política anti-Trump,
soletrada directamente da cábula com pernil ao léu e peitoril saliente. Os
tempos são de universalismo e de multiculturalismo obrigatórios, tudo contra a segregação racial... desde que estejamos todos limpinhos, lavados e perfumados ao preço de diamantes de sangue
e outras minudências afins.
2 comentários:
nao sei como aqui vim parar mas estimei
Obrigado
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