A Revolução de 1917, em particular a sua dimensão que foi
projetada a partir da experiência fundadora de Outubro, configura, no trajeto
da história humana, apesar dos fracassos e até das sombrias perversões que o
seu trajeto consentiu, uma possibilidade única, que remete para processos de
transformação no sentido de um ideal humano de justiça social e de emancipação.
Karl Marx via em Prometeu, o titã da mitologia grega, um símbolo da capacidade
de rebelião contra o poder divino. Ela representou um momento histórico, um
momento de esperança na possibilidade desse grito, capaz de descer dos céus
para a vida humana, libertando-a da prisão que é viver sem a perspetiva da
felicidade e da liberdade que vem com esta. É, pois, como sinal de uma hipótese
que constituiu um momento memorável. Os males que também trouxe são só pedras
no seu caminho.
Rui Bebiano, aqui.
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