terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O MELHOR DOS LIVROS EM 2017

Dando continuidade à opção tomada em 2015, voltarei a elencar aqueles que foram, para mim, os melhores livros do ano, de acordo com categorias que fogem às tradicionais listas da imprensa especializada. Dessas, confesso, não fiz qualquer leitura. Chegaram-me, via amigos, brevíssimos ecos, por nelas se incluir um livro muito querido acerca do qual, curiosamente, ainda não tive o prazer de ler uma única recensão crítica. A vida como ela é, como diria o outro. Este não deverá ser considerado, porém, um momento de balanço, quer-se antes um momento de celebração do livro enquanto objecto mais do que comercializável. É também um momento de expurgação na existência do singelo livreiro que vos escreve, passado mais um ano rodeado de papéis imprimidos ao desbarato. Acrescentei algumas categorias, deixei cair no olvido outras tantas. Vou já adiantando que foi um ano fraquíssimo em sobrecapas.

Melhor cinta/Melhor Reedição

“Poemas Quotidianos”, de António Reis (Tinta-da-china, Julho de 2017)

Assim como foi um ano fraco em sobrecapas, podemos também dizer que foi parco em boas cintas. A excepção será a cinta que acompanhou a saudada reedição dos "Poemas Quotidianos", de António Reis (n. 1927 – m. 1991), com uma citação de Manuel António Pina a colocar no devido lugar a relevância desta obra. É ainda da colecção de poesia da Tinta-da-china, que tem vindo a impor-se como uma das melhores, o livro seguinte.

Melhor dedicatória

“Alguma Coisa Negro”, de Jacques Roubaud (Tinta-da-china, Fevereiro de 2017)

Não abuso se disser que todo este livro é uma extensa e pungente dedicatória a Alix Cléo Roubaud, companheira de Jacques Roubaud levada pela morte, aos 31 anos, na sequência de uma embolia pulmonar. Caído “num profundo estado de afasia”, o poeta recuperou-se nos poemas em diálogo com as memórias e os objectos de uma relação abruptamente interrompida. Foi o livro de poesia traduzida que mais apreciei em 2017.

Melhor primeira orelha/badana & Melhor Tradução

“Leviatã ou O Melhor dos Mundos seguido de Espelhos Negros”, de Arno Schmidt (Abysmo, Outubro de 2017)

Arno Schmidt chegou finalmente à língua portuguesa, através de um exigente trabalho de tradução levado a cabo por Mário Gomes. O pormenor gráfico da primeira badana, onde não se lê senão o nome do tradutor, é uma rara mas merecidíssima homenagem a quem teve o trabalho de mudar para o idioma de Camões palavras que resistem altamente a essa mudança. Uma nota, ainda no campo da tradução, para “Nada Natural”, a pequena antologia de Gary Snyder que Nuno Marques e Margarida Vale de Gato traduziram e a Douda Correria publicou.

Melhor capa

“Antro”, de Rui Baião (Averno, Outubro de 2017)

Não é de agora a colaboração do poeta Rui Baião com o fotógrafo Paulo Nozolino, inquestionavelmente um dos melhores fotógrafos portugueses. A capa de "Antro" é uma fotografia de Nozolino, à qual inteligentemente não se sobrepôs absolutamente nada. Nem o nome do autor, nem o título do livro, nem a assinatura da editora. Impossível reproduzir aqui a luminosidade original

Melhor guarda

“Um Útero é do Tamanho de um Punho”, de Angélica Freitas (Douda Correria, Setembro de 2017)

Poderá não ser exactamente uma guarda, mas é como se fosse. No verso de capa e sobrecapa, as ilustrações de Xueh Magrini Troll adquirem uma relevância à qual será difícil escapar. São uma espécie de introdução visual ao texto, neste caso com especial pertinência. Transpõem, deste modo, o papel decorativo tantas vezes exigido à ilustração. Angélica Freitas é uma poeta e tradutora brasileira nascida em 1973. Em Portugal, tinha já publicado “Rilke Shake” (Douda Correria, Agosto de 2015).

Melhor folha de guarda/Melhor lombada

“Assassinos da Lua das Flores”, de David Grann (Quetzal, Julho de 2017)

O porte Osage, num livro que infelizmente terá escapado a leitores interessados. Reportagem jornalística aprofundada sobre um esquema de matança dos índios Osage, sequência de crimes que de algum modo esteve na origem da instituição hoje conhecida pela sigla FBI. O mesmo rosto surge na lombada, a observar-nos como um espírito que nos julga pelo peso que traz à tona em consciências adormecidas.

Melhor corte superior

Editoras de poesia independentes

Cada vez mais a edição de poesia em Portugal resulta de uma espécie de espírito de missão. Ao alto, três livros de três projectos editoriais distintos — Língua Morta, Medula, Do Lado Esquerdo — estão em representação de muitos outros, os quais afrontam o métier com aquele amadorismo, do verbo amar, que não chega às grandes superfícies comerciais. Porque estas, na sua incomensurável grandeza, têm o espaço alugado a quem reduz o livro a fonte de rendimento exclusivamente material. Apostando em valores relativamente reconhecidos, dando a conhecer outros nunca publicados ou traduzindo autores estrangeiros, estas pequenas editoras vão realizando um enorme trabalho pelo bem comum.

Melhor corte dianteiro

“O Bibliófago e mais historietas breves”, de Abel Neves (Adab edições, Abril de 2017)

O que acima afirmámos para a poesia, podíamos agora afirmar para o conto. Abel Neves tem uma vasta obra publicada, dispersa por diversas editoras com influência distinta no meio literário português. “O Bibliófago” foi talvez o melhor livro de contos que li em 2017. Não me parece que tenham sido muitos a dar por ele, escondido que andou nas estantes mais refundidas das livrarias portuguesas.

Melhor corte inferior

“Resgate”, de Fátima Maldonado (Averno, Janeiro de 2017)

Logo a abrir o ano, a editora Averno resgatou alguns textos críticos de Fátima Maldonado. As palavras de Manuel de Freitas, no prefácio, não enganam: «Não querendo parecer demasiado pessimista, receio que a liberdade (de espaço, de expressão, de estilo e de ritmo próprios) que se dava a ler nos textos de Fátima Maldonado seja hoje uma total impossibilidade. Refiro-me, claro, à imprensa, no que esta ainda possa ter de cultural. Talvez noutros lugares, embora também improváveis ou raríssimos, o livre exercício crítico possa continuar a ser praticado». Quem discordar, levante o braço.

Melhor folha de rosto

“O Grilo na Varanda — Luiz Pacheco para Laureano Barros (Correspondência, 1966-2001)”, de Luiz Pacheco, com notas de João Pedro George (Tinta-da-China, Junho de 2017)

Está toda a informação que é necessária, acompanhada de um grilo cuja autoria desconhecemos. Mas o grilo faz a diferença, neste livro que traz como bónus um filme de Paulo Pinto: “Laureano Barros, Rigoroso Refúgio”. Ainda havemos de voltar a ele por aqui.

Melhor dobra

“Diário de Um Zé-Ninguém”, de George e Weedon Grossmith (Tinta-da-china, Junho de 2017)

A colecção de humor que Ricardo Araújo Pereira coordena para a editora Tinta-da-china tem toda uma identidade gráfica que a torna inconfundível. As primeiras edições, com capa em cartolina grossa, deixam de fora as tradicionais lombadas, revelando as costuras de que são feitas estas edições. São livros onde a dobra faz a diferença. Tradução de Margarida Vale de Gato.

Melhor segunda orelha/badana

“Factotum”, de Charles Bukowski (Alfaguara Portugal, Março de 2017)

2017 foi um ano paupérrimo em matéria de segundas orelhas. O mau tratamento oferecido a esta componente do livro é generalizado, sugerindo-se a criação de uma associação pela defesa das segundas orelhas. Repetem-se soluções, abandona-se a orelha ao vazio, faz-se dela uma continuação da primeira. Segunda orelha que é segunda orelha quer-se autónoma e independente. "Factotum" surge aqui como exemplo de uma alternativa, tendo à segunda orelha sido atribuído um propósito singular e congruente. Já agora, a primeira vez que vi tal solução foi num livrinho da saudosa OVNI.

Melhor contracapa

“Somos contemporâneos do impossível”, de José Anjos (Abysmo, Dezembro de 2017)

A Abysmo é outra editora que vem apostando na poesia portuguesa. Regressando à poesia de José Anjos, de quem havia publicado, em 2015, o “Manual de Instruções para Desaparecer”, fá-lo com um extenso e, por isso mesmo, arriscado volume. Quando o que geralmente vem na capa é deixado para a contracapa, temos, então, a melhor contracapa. Assim se fez neste livro, que, tal como sucede na melhor capa do ano, deu à obra plástica de Simão Palmeirim Costa toda a primazia.

Melhor colecção

Eduardo Galeano, na Antígona

Repito-me: em 2017, a editora Antígona anunciou que iria publicar uma colecção de obras de Eduardo Galeano. Foi uma das melhores notícias que tive. Galeano é um Mestre, em maiúscula. Saíram “As Veias Abertas da América Latina”, “O Caçador de Histórias” e “Mulheres”. Noutros tempos, chamaríamos a isto um acontecimento literário. Seria celebrado com gosto e inumeráveis razões. Agora parece haver uma certa indiferença, como se fosse pouco ou nada, como se fosse irrelevante tamanho investimento em tempos de indigência.

Melhor ilustração de capa

“Siringe”, de Rosa Maria Martelo (Averno, Março de 2017), ilustração de Luís Manuel Gaspar

É extensa a colaboração de Luís Manuel Gaspar com várias editoras portuguesas, entre as quais se destaca a Averno. A ilustração que acompanha a capa de “Siringe” comprova uma mestria no desenho que poucos ousarão questionar. Neste caso, o resultado é especialmente inquietante devido à difícil relação de estabelecer entre a ilustração e o título do livro.

Melhor nota de rodapé/Melhores ilustrações

“Alucinar o Estrume”, de Júlio Henriques (Antígona, Janeiro de 2017)

Clique na imagem para ver melhor. Num ano em que tanto se falou de turismo, esta não é apenas uma mera nota de rodapé. Pode ser um tratado político, um slogan, pode ser um grito de revolta. Os desenhos de José Miguel Gervásio que acompanham “Alucinar o Estrume” fazem justiça aos textos de Júlio Henriques, observador conscientíssimo da nossa imparável decadência.

Melhor miolo

“Meninos Impossíveis”, de João Pedro Gomes (Douda Correria, Setembro de 2017)

Que dizer deste pequeno volume da colecção Puto Xarila? Os textos e os desenhos de João Pedro Gomes subvertem inteligentemente e com graça o estereótipo de menino bem comportado, tão difundido em inúmeras colecções de livrinhos para a infância. Os meninos aqui descritos têm algo especial que os torna especiais, fisionomicamente são um reflexo das manias interiores. O Fialho, por exemplo, é metade menino, metade alho. Já a Raquel, alberga passarinhos no cabelo. Clique na imagem para ver melhor.

Melhor impressão

“A cidade dos paleólogos e as viagens nocturnas do capitão Dodero”, de Miguel de Carvalho (Debout Sur L’Oeuf, Dezembro de 2017)

A Debout Sur L’Oeuf, ou simplesmente DSO, é outra das editoras que podia fazer parte das mencionadas no melhor corte superior. Miguel de Carvalho, livreiro antiquário, autor, surrealista, coloca um cuidado nos seus livros que não pode ser negligenciado. “A cidade dos paleólogos e as viagens nocturnas do capitão Dodero” é um romance-collage, dedicado a Max Ernst, iniciado em Abril de 2016 e terminado em Dezembro de 2017. Surgiu inicialmente em formato A4, adquirindo agora um formato mais convencional que não deixa de ser regalo para os olhos.

Melhor formato

“CONTEMSPOILERS”, de Luca Argel (Mia Soave, Agosto de 2017)

Um livro e um CD, interpretado como bónus editorial: “Livro de Reclamações”. Regressaremos a ele em breve. As edições da Mia Soave são sempre assim, juntam o melhor de dois mundos: o da palavra poética e o da música. Um objecto não repete o outro, complementam-se, dialogam, repercutem-se. E são quase sempre dois bens inestimáveis.

Melhor prefácio

“Lenine 2017”, de Slavoj Žižek (Elsinore, Setembro de 2017)

No ano do centenário da Revolução Russa, foi muita a bibliografia associada às comemorações. Mas raramente com o sentido devido da reflexão crítica. “Lenine 2017” é uma recolha de textos do próprio Lenine, introduzidos pelo filósofo Slavoj Žižek a partir da única questão à qual importa responder: como nos devemos relacionar hoje com o acontecimento a que chamamos Revolução de Outubro? As respostas não são fáceis nem unívocas, como Žižek bem o demonstra na sua ampla introdução.

Melhor texto de contracapa

“História Natural da Estupidez”, de Paul Tabori (BookBuilders, Março de 2017)

Palavras para quê? Clique na imagem para ler melhor.

Melhor título

“Mike Tyson para Principiantes”, de Rui Costa (Assírio & Alvim, Setembro de 2017)

Resisti à tentação de o guardar para livro do ano, embora, por razões afectivas, assim o seja para mim. Foi, sem dúvida alguma, o livro de poesia portuguesa que mais gostei de ler em 2017. Era um livro aguardado e surgiu na forma em que surgiu, com introdução do André Corrêa de Sá e prefácio da Margarida Vale de Gato. Os versos dizem o resto: «Descompreender o mundo, ou seja, seduzir / por dentro do imparável sono como a água / nasce». Sei que apareceu mencionado em algumas das tais listas especializadas, mas não me recordo de o ver objecto de qualquer recensão crítica – o que não só diz muito do país em que vivemos, como daquilo que a citação de Manuel de Freitas aponta no melhor corte inferior.

Melhor posfácio

“Antologia da Poesia Erótica Brasileira”, organização de Eliane Robert Moraes (Tinta-da-china, Novembro de 2017)

Com o sugestivo título “Da Lira Abdominal”, o posfácio de Eliane Robert Moraes para a antologia por si organizada é uma lição sobre bem ler poesia. Naquelas cerca de 36 páginas reside muito do valor desta antologia, onde o erótico, o pornográfico, o obsceno, adquirem o mais elevado grau do lirismo em língua portuguesa. Imperdível.

Melhor cólofon

“A Balada do Velho Marinheiro”, de S. T. Coleridge (Edições do Saguão, Setembro de 2017)

Clique na imagem para ler melhor. Eis um exemplo de como até o pormenor mais técnico num livro pode resultar num belo exercício criativo.

Dito isto, deixarei de fora categorias menos relevantes e altamente subjectivas. O melhor sumário, os melhores agradecimentos, a melhor epígrafe a melhor bibliografia… Menções honrosas para os livros de Simone Weil surgidos na Antígona, para a insistência no ensaio por parte de editoras tais como a Relógio D’Água ou a Cotovia, para o trabalho impressionante de uma pequena editora sediada em Lajes do Pico, a Companhia das Ilhas. Não é qualquer um que ousa dar oportunidade a obras de ficção como a “Nova arte de conceitos”, de Luís Miguel Rosa, e “O domínio material”, de João Paulo de Jesus, ambos obras de estreia, ou “Hotel do Norte”, de Rui Ângelo Araújo, romance do qual se fez uma primeira tiragem de 250 exemplares. Assim vai o nosso mundo.



Livro do ano

“Frida”, de Sébastien Perez e Benjamin Lacombe (Kalandraka, Setembro de 2017)


Com texto de Sébastien Perez e ilustração de Benjamin Lacombe, “Frida” é muito mais do que um livro. E, por ter sido publicado numa editora especializada em literatura infantil, devemos sublinhar que é muito muito mais do que um livro infantil. O texto de Sébastien Perez é um longo poema em prosa sobre a vida e a obra da pintora mexicana Frida Kahlo, ao passo que as ilustrações de Benjamin Lacombe são autênticos poemas visuais sobre exactamente os mesmos temas. Uma capa que parece ter sido bordada, os recortes no miolo, o diálogo caleidoscópico de página para página, fazem deste livro uma autêntica obra de arte. Só folheando, que dizendo não dá para acreditar.

18 comentários:

Beatriz disse...

Muito obrigada, muitos não conhecia.

"Chegaram-me, via amigos, brevíssimos ecos, por nelas se incluir um livro muito querido acerca do qual, curiosamente, ainda não tive o prazer de ler uma única recensão crítica." Poderia dizer qual o livro, se não se importar?

hmbf disse...

Melhor título.

jonesy disse...

Leitura deliciosa, destas badanas, cólofons & afins, muitos parabéns pelo texto.
JALopes

hmbf disse...

Obrigado. :-)

Um Jeito Manso disse...

Olá Henrique, boa noite,

Gostei imenso do que escreveu, das imagens, das suas escolhas. O livro enquanto objecto total é uma coisa que me interessa muito e raramente vejo referência a tal. Quando falo de livros e me refiro à capa, à paginação, etc, penso sempre que, para muita gente, isso deve ser pura futilidade.

Contudo, confesso que há terminlogias que desconheço enquanto 'peças' de um livro. Até tive que ir ver o significado de cólofon (e ainda estou a tentar perceber como se deve pronunciar). Mas a melhor dobra, o melhor corte superior, etc... -não sei bem a que refere. Estou aqui com dois livros na mão a tentar identificar aquilo que apreciou.

Mas gostei muito. É um post atípico e bastante interessante.

hmbf disse...

Olá. Talvez as escolhas de 2015 possam ajudar, têm gráfico (http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.pt/2015/12/livros-o-melhor-de-2015.html). Mas não leve muito a sério a questão das dobras, é só um pretexto para falar de livros. :-)

hmbf disse...

Onde se lê gráfico, leia-se planta, esquema ou coisa o género.

Aí está mais uma categoria em falha: a melhor errata.

Um Jeito Manso disse...

Obrigada. Já lá fui. Muito bom. Gostar de livros é uma coisa boa.

jonesy disse...

Curioso, também fui pesquisar para perceber melhor as partes de um livro, esse objecto de arte que realmente por vezes é (demasiado) esquecido, em detrimento do "miolo", como faz todo o sentido, mas pode e deve haver espaço para tudo, como o texto o veio muito bem demonstrar. E enfim, sempre é "um pretexto para falar de livros"! :-)

Também fiquei com dúvidas de como pronunciar Cólofon, esse termo que até é nome de um livro premiado. Cheers.
João Lopes

PS: A página que referes, de 2015, não existe: "A página que estava a procurar no blogue não existe."

hmbf disse...

Existe, sim. Talvez tenha sido mal copiado:

http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.pt/2015/12/livros-o-melhor-de-2015.html

Anónimo disse...

Outra categoria em falha (se me permite o abuso): o melhor revisor :-)

Excelente artigo. Parabéns, com a minha gratidão.

hmbf disse...

Revisores são seres em vias de extinção.

Ivo disse...

Sugestão para 2018:
http://24.sapo.pt/tecnologia/artigos/arquivo-digital-do-livro-do-desassossego-de-fernando-pessoa-apresentado-esta-semana-2
Chamam-lhe arquivo digital colaborativo...

Essa história dos revisores, é porque não os há ou porque não os querem?

Anónimo disse...

Talvez por isso há que distinguir (revisores)os que não estão extintos.

hmbf disse...

É mesmo porque não os querem... pagos.

Carlos Arinto disse...

Muito interessante. A decomposição e o escapelar de um livro, muito para lá do banal. Obrigado.

edições bem-te-vi disse...


Excelente análise crítica de forma/estrutura e conteúdo. Também gostei do cólofon. Parabéns pela página, tão sugestiva e inspiradora.

edições bem-te-vi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.