sábado, 29 de setembro de 2018

SUGESTÃO DE LEITURA #2


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Michelet faz-nos viver o conflito pelos olhos, e com a linguagem simples e directa, espelhada nos seus diários, cartas, pensamentos, angústias expressas  e diálogos, de um rapaz de uma família proletária de uma zona florestal norueguesa. O resto, a boa literatura, a variedade de linguagem, a evocação da geografia, da astronomia, da ciência da navegação, da história, está descrita à sua volta. Como cenário. Um cenário prodigioso. Foi, quanto a mim, uma escolha corajosa. Uma escolha pelo rigor e pela verdade. Na Noruega sempre é um pouco mais fácil. Entre nós era impossível; escrever um romance de pescadores de bacalhau sem os fazer exprimir na mesmíssima linguagem que usa a Lili Caneças e os tipos das calças vermelhas de Cascais. Ou os da roupa negra da FCSH. Que dá no mesmo.

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No Âncoras e Nefelibatas, sempre a aprender.

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