Com a guerra das audiências transformada numa luta pela
sobrevivência, assiste-se hoje a algo verdadeiramente triste nos
media portugueses. O exemplo mais flagrante dessa tristeza é uma coisa chamada
polígrafo, meia dúzia de minutos simulados de investigação que pretendem
fazer-nos crer na função da imprensa como garantia de verdade. Assim seria, não se
desse o facto de quando chega o polígrafo já termos aguentado cerca de uma hora
de palhaçada, de entretenimento jornalístico, de sensacionalismo, de mentiras,
de manipulação. Os exemplos são diversos e vão sendo desmascarados, não vale a
pena perder tempo com eles. Para quem acredita que o jornalismo tem uma missão a cumprir, é deprimente assistir a "guerrinhas de alecrim" com as redes sociais dando ares de combate a fake news tantas vezes propaladas por
redacções de sacristia. Seria fastidioso perder tempo com exemplos, mas fica
apenas para nota o tempo perdido com a putativa transferência de um puto de 19
anos que joga à bola em comparação com a quase ausência de notícias sobre
Miguel Duarte – o português que arrisca pena de prisão no governo de Matteo
Salvini por andar a salvar imigrantes no Mediterrâneo. Depois não querem
definhar e morrer, transformados em donas brancas e afins.
1 comentário:
Na mouche!!!!!!!!!!!!!!!!
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