aquela malta que comenta no blasfémias (para lá dos cromos que lá escrevem) dá um espectáculo magnífico. Nunca me canso de ler aquilo.
Aqui há tempos traduzi um trecho do jornalista norueguês Eksil Engdal de um livro (Berserk) onde se seguem as pisadas do rei viking Harald Hardråde e o autor ao chegar a Odessa dá com um espectáculo inusitado: o zoo tinha alugado os bichos por não ter dinheiro para os alimentar:
"Pouco depois constatei que a rua Dribasovskaya estava cheia de bichos rastejantes. Crocodilos, caimões, cobras e camaleões. As ruas de Odessa tinham-se transformado numa selva, após a direcção do jardim zoológico de Odessa ter reconhecido que estava a caminho da ruína económica. Começaram então a alugar os animais à sua guarda. Por essa via iam conseguindo uns trocos extra. Além disso davam aos desocupados ou aos que viviam na rua que não tivessem fobias com répteis e com acesso a um aparelho fotográfico, um modo de ganhar a vida."
Às vezes dou comigo a pensar se não seria também uma boa fonte de receitas para a cidade de Lisboa mostrar os autores e comentadores do Blasfémias aos turistas, alugá-los à peça para a «photo opportunity».É bicharada exótica...
Excelente imagem. O bicho dos bichos agora é o Padre Gonçalo Nuno Ary Portocarrero de Almada, figura própria de uma mitologia bárbara que faz as delícias do conservadorismo nacional. Infelizmente, só lhes dá para conservar porcaria.
2 comentários:
aquela malta que comenta no blasfémias (para lá dos cromos que lá escrevem) dá um espectáculo magnífico. Nunca me canso de ler aquilo.
Aqui há tempos traduzi um trecho do jornalista norueguês Eksil Engdal de um livro (Berserk) onde se seguem as pisadas do rei viking Harald Hardråde e o autor ao chegar a Odessa dá com um espectáculo inusitado: o zoo tinha alugado os bichos por não ter dinheiro para os alimentar:
"Pouco depois constatei que a rua Dribasovskaya estava cheia de bichos rastejantes. Crocodilos, caimões, cobras e camaleões. As ruas de Odessa tinham-se transformado numa selva, após a direcção do jardim zoológico de Odessa ter reconhecido que estava a caminho da ruína económica. Começaram então a alugar os animais à sua guarda. Por essa via iam conseguindo uns trocos extra. Além disso davam aos desocupados ou aos que viviam na rua que não tivessem fobias com répteis e com acesso a um aparelho fotográfico, um modo de ganhar a vida."
Às vezes dou comigo a pensar se não seria também uma boa fonte de receitas para a cidade de Lisboa mostrar os autores e comentadores do Blasfémias aos turistas, alugá-los à peça para a «photo opportunity».É bicharada exótica...
Abraço,
Excelente imagem. O bicho dos bichos agora é o Padre Gonçalo Nuno Ary Portocarrero de Almada, figura própria de uma mitologia bárbara que faz as delícias do conservadorismo nacional. Infelizmente, só lhes dá para conservar porcaria.
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