In memoriam
Ouvi o telefone tocar.
Número desconhecido. Atendi.
Se estaria interessado
em mudar de tarifário.
Não. Respondi. Mas quero
ler-lhe um poema. Se puder ser.
Pode, disse. E eu li.
Tão bonito. É seu? Perguntou.
Agora é. Mas quem o escreveu
não fui eu. Foi a Maria Lúcia Alvim.
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