terça-feira, 6 de setembro de 2022

OS MAUS E OS BONS

 


Notícias da Arábia Saudita, esse reino de virtudes que tanto preocupa a parte boa do mundo que está sempre contra a parte má:

Noura al-Qahtani foi recentemente condenada a 45 anos de prisão por usar a internet e redes sociais para “espalhar mentiras”, entre outros crimes abomináveis. Mãe de cinco filhas, incluindo uma com deficiência, tem quase 50 anos e problemas de saúde, de acordo com os registros do tribunal. O documento que descreve a condenação de Qahtani por um tribunal criminal especial, foi compartilhado com o Guardian por Abdullah Alaoudh, diretor do Golfo da Dawn, um grupo pró-democracia com sede em Washington, fundado pelo jornalista saudita assassinado Jamal Khashoggi. Qahtani foi condenada por várias acusações, incluindo a de tentar “manchar” o príncipe herdeiro e o rei Salman; “encorajar a participação em atividades que prejudiquem a segurança e a estabilidade da sociedade e do Estado”; expressar “apoio” à ideologia daqueles que desejam “desestabilizar” o reino; juntar-se a um grupo dedicado a tais causas no Twitter e segui-los no YouTube. Também foi condenada por “insultar” símbolos e funcionários do Estado, defender a libertação de detidos e obstruir a investigação sobre o seu uso de redes sociais ao “destruir e ocultar a arma do crime: um smartphone”. Também foi condenada por estar na posse de um livro proibido, escrito por Salman Alaoudh, conhecido clérigo reformista – e pai de Abdullah Alaoudh of Dawn – que está a cumprir pena de prisão perpétua numa prisão saudita. Salman Alaudh está preso desde 2017 depois de pedir paz no Twitter após a implementação de um bloqueio liderado pela Arábia Saudita ao Catar. O livro que Qahtani supostamente possuía não era um dos livros políticos de Alaoudh. Foi descrito por Abdullah – que mora nos EUA – como um livro sobre auto-aperfeiçoamento e combate ao egoísmo dentro de si mesmo. (Copiado do Guardian)

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