Notícias da Arábia Saudita, esse reino de virtudes que
tanto preocupa a parte boa do mundo que está sempre contra a parte má:
Noura al-Qahtani foi recentemente condenada a 45 anos de
prisão por usar a internet e redes sociais para “espalhar mentiras”, entre
outros crimes abomináveis. Mãe de cinco filhas, incluindo uma com deficiência,
tem quase 50 anos e problemas de saúde, de acordo com os registros do tribunal.
O documento que descreve a condenação de Qahtani por um tribunal criminal
especial, foi compartilhado com o Guardian por Abdullah Alaoudh, diretor do
Golfo da Dawn, um grupo pró-democracia com sede em Washington, fundado pelo
jornalista saudita assassinado Jamal Khashoggi. Qahtani foi condenada por
várias acusações, incluindo a de tentar “manchar” o príncipe herdeiro e o rei
Salman; “encorajar a participação em atividades que prejudiquem a segurança e a
estabilidade da sociedade e do Estado”; expressar “apoio” à ideologia daqueles
que desejam “desestabilizar” o reino; juntar-se a um grupo dedicado a tais
causas no Twitter e segui-los no YouTube. Também foi condenada por “insultar”
símbolos e funcionários do Estado, defender a libertação de detidos e obstruir
a investigação sobre o seu uso de redes sociais ao “destruir e ocultar a arma
do crime: um smartphone”. Também foi condenada por estar na posse de um livro
proibido, escrito por Salman Alaoudh, conhecido clérigo reformista – e pai de
Abdullah Alaoudh of Dawn – que está a cumprir pena de prisão perpétua numa
prisão saudita. Salman Alaudh está preso desde 2017 depois de pedir paz no
Twitter após a implementação de um bloqueio liderado pela Arábia Saudita ao
Catar. O livro que Qahtani supostamente possuía não era um dos livros políticos
de Alaoudh. Foi descrito por Abdullah – que mora nos EUA – como um livro sobre
auto-aperfeiçoamento e combate ao egoísmo dentro de si mesmo. (Copiado do
Guardian)
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